Crítica do filme "O Homem de Aço"

Neste ano o "Superman" voltou às telas dos cinemas para tentar recontar a história do super-herói mais antigo das histórias em quadrinhos. E ele tem uma missão um tanto inglória: recuperar o prestígio perdido após vários fracassos nas telonas. Especialmente após o fiasco de "Superman - O Retorno", que foi um bom filme, mas pecou em detalhes específicos e sucumbiu a uma visão romântica demais do herói que não agradou ao público moderno, ou seja, aos jovens. Pelo menos nisso "O Homem de Aço" de Zack Snyder acerta em cheio: ele nos apresenta um herói contemporâneo, sintonizado com o mundo atual. Um mundo que mudou muito de 1978 para cá, quando foi lançado o primeiro longa do herói, na época interpretado por Christopher Reeve.

[Crítica] "O Homem de aço"

O fato é que "O Homem de Aço" simplesmente abandona o romantismo dos filmes anteriores chamando para si a responsabilidade de recontar a história do herói num clima mais sombrio. Não é por acaso que o diretor e o roteirista perdem quase metade do tempo para nos dizer quem é o "último filho de Krypton" e como ele veio parar na Terra. O roteiro de David S. Goyer deixa bem claro quem é o seu "Homem de Aço": um herói com dúvidas e fraquezas em seu espírito e em busca da sua identidade e de seu papel num mundo que deixou para trás a inocência. Um mundo que já não valoriza tantos os velhos valores de honestidade e justiça e acha brega alguém capaz de pensar mais nos outros que em si mesmo.

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